Vozes de lá




Kiev, Київ
Kiev é a maior cidade da Ucrânia, sendo a sua capital. É uma das maiores e mais antigas cidades da Europa. Kiev tem cerca de 19% de todos os habitantes da Ucrânia e está localizada em ambos os lados do rio Dnieper, que corre para o sul através da cidade em direção ao Mar Negro. A parte mais antiga da cidade, na margem direita (a oeste do rio), é representada por numerosas colinas arborizadas, pequenos vales e pequenos rios. A cidade cresceu para a margem esquerda (leste do rio) apenas a partir do século XX.

Kiev tem um clima continental húmido. Os meses mais quentes são junho, julho e agosto, com temperaturas médias entre 13,8 e 24,8 °C. Os meses mais frios são dezembro, janeiro e fevereiro, com temperaturas médias de -4,6 a -1,1 °C. Geralmente neva entre meados de novembro até o final de março, com um período livre de geadas médio de 180 dias ao ano, mas superando os 200 dias nos últimos anos.


Como a maioria das capitais, Kiev é o centro administrativo, cultural e científico do país. É a maior cidade em termos de população e área e possui o mais alto nível de atividade empresarial. Os setores de serviços que fornecem a principal contribuição para a economia de Kiev são transportes e comunicações, além de pequenos comércios, setor imobiliário, serviços jurídicos e financeiros. Os principais setores de crescimento da economia são o comércio a retalho, a tecnologia da informação e as finanças.


O número total de instituições de ensino superior em Kiev aproxima-se de 200, permitindo que os jovens sigam qualquer área de estudo. Existem cerca de 530 escolas secundárias e cerca de 680 jardins-de-infância em Kiev. Além disso, existem escolas noturnas para adultos e escolas técnicas especializadas. Existem, também, muitas bibliotecas na cidade, sendo a biblioteca Vernadsky, afiliada à Academia de Ciências, a maior e mais importante.




O brasão de armas de Kiev.



Fernando Costa

Oleksandr Orlik

8ºF 



Quando cheguei a Portugal

Cheguei a Portugal há quatro anos e logo reparei que cá respeitam muito as passadeiras e os sinais de trânsito. Cheguei no dia doze de dezembro a Lisboa e a primeira impressão que tive foi a satisfação de ver a minha mãe! Foi um encontro muito emocionante! Eu não via a minha mãe há três anos.
Lisboa é uma cidade muito bonita e muito diferente das cidades brasileiras.
As temperaturas em Portugal são muito mais elevadas, mais ainda que as do Brasil: quando é calor é muito calor e quando é frio é muito frio.
           Aqui tem muitas coisas antigas que no Brasil não há. No Brasil não dão muito interesse em coisas antigas. Évora tem muitos monumentos bonitos, gosto de morar em Évora.
Na minha escola, tem muitas pessoas simpáticas e eu gosto de estar aqui com os meus amigos portugueses.
Portugal e o Brasil têm em comum uma coisa muito importante: a língua portuguesa. Este facto ajuda a unir os dois países, por isso é que muitos brasileiros vêm para Portugal e muitos portugueses vão para o Brasil.
A terminar este texto, só me falta dizer uma coisa que é o seguinte: apesar de viver há já quatro anos aqui em Portugal e de ter feito muitos amigos, o meu coração está do outro lado do oceano Atlântico!

Sandro Siqueira 
7º G


 Évora

          Évora é uma cidade bela, com as suas antigas histórias, uma cidade que  muito passou para conseguir ser o que é hoje: “cidade-museu”.
        Évora é uma cidade classificada de património mundial e que tem como monumento emblemático o templo de Diana (templo Romano), mas não é o único belo monumento de Évora! Também temos a Sé catedral e as muralhas (cerca velha). A cidade de Évora é uma cidade muito antiga e que ainda conserva as estreitas ruas e as suas antigas casas.
          Na gastronomia típica de Évora, como em qualquer outra cidade portuguesa, não falta o bacalhau, a açorda e claro, como sobremesa as queijadas que, na minha opinião, são deliciosas!
          As pessoas de Évora são pessoas que sabem o que querem, são pessoas decididas, pessoas extrovertidas e muito simpáticas!
        Na minha visão, de uma brasileira que vive em Portugal, Évora é uma cidade muito bonita que conserva os seus velhos costumes e tradições. Uma cidade que é um bom sítio para se viver e que nos ensina muitas coisas, se formos bons observadores e olharmos bem à nossa volta e ao perto e ao longe!

Kellita Silva – 8º D – nº 14



 
A água

Divertida e necessária
Cristalina e maravilhosa
É a nossa maior fonte de vida da Terra

Milenar, mas sempre
A mesma, desde o início
Da vida na Terra
Acompanha-a passo a passo

Das bactérias aos peixes,
A água forma lagos
E rios, dando assim grande
Beleza ao nosso Brasil.

Lizandro Raposo Paiva 
5º ano do Ensino Fundamental, 9 anos 



A Natureza

A natureza é nossa casa
É um lugar muito especial
Nela encontramos árvores
Ela é muito legal
Amo a natureza
E tudo o que nela há
Ela é nossa casa
Devemos amá-la e respeitá-la
Plante uma semente
Para uma árvore se tornar
Cultive uma horta, um jardim,
 um pomar
devemos amar a natureza
ela depende de nós.

Sara Santos de Lima – 10 anos, 6º ano.
Salvador, Bahia, Brasil


Paisagens

Passeio por Salvador sempre de carro. Costumava andar pelas ruas da minha cidade, mas, depois de ser assaltado no meio de uma caminhada, passei a só usar o carro como meio de transporte.
Nos trajetos que percorro, costumo encontrar muitos moradores de rua, que pedem dinheiro a quem estiver nos carros próximos a eles. Pensando em evitar o contato com esse tipo de gente, eu sempre deixo fechadas as janelas do meu carro. Isso não é suficiente. Posso até evitar o contato, mas eles continuam lá com as suas vidas miseráveis.
Eles moram nas ruas e dependem de esmolas doadas por estranhos para sobreviver. Não têm emprego fixo, seja por não terem tido oportunidade ou por não serem aptos a procurá-lo e mantê-lo. Imagino como deve ser difícil não poder contar sempre com algo para comer.
Mesmo entendendo que suas vidas são sofridas, acho que a forma como eles invadem o meu espaço para pedir dinheiro é um abuso. Aproximam-se dos carros e fazem expressões tristes para tentar comover quem assiste a tal cena. Ou então tentam prestar serviços como a lavagem de para-brisas. Em qualquer um dos casos, costumo gesticular algo que deixe a entender que não tenho dinheiro ou que não o queira dar, entretanto eles esperam por alguns segundos que eu vá buscar alguma esmola. Alguns até lavam o para-brisa do meu carro sem a minha concordância. É um jogo de poderes no qual eu nunca perderia. Eles poderiam fazer o que quisessem, eu não gastaria meu dinheiro com um mendigo. Era o que eu pensava.
Certo dia, parei num sinal fechado e veio uma menina de cerca de dois anos me pedir dinheiro. Ela estava descalça e com uma chupeta. Consegui perceber a tristeza em seu olhar. Não pude evitar me emocionar com aquela garota.
Abri minha carteira, tirei uma nota, abri a janela do carro e entreguei a ela. A menina pegou o dinheiro na minha mão e se afastou de mim. Ela mal deu quatro passos e apareceram dois meninos mais velhos que logo retiraram a nota da sua mão. Depois ela voltou a pedir dinheiro às pessoas dos carros e os garotos mais velhos foram para o lado de uma árvore, onde conversavam com outras crianças de rua.
Aquilo me intrigou. É claro que eu não esperava que uma menina de dois anos soubesse como gastar o dinheiro ganho, mas não imaginei que ela estaria trabalhando enquanto seus “chefes” papeavam.
Eu tinha incentivado a exploração daquela pobre menina. Não podia deixar aquilo continuar acontecendo! Mas o que eu poderia fazer? Se eu fosse falar com os meninos, eles não dariam atenção ao que eu dissesse. A única solução que encontrei foi não incentivar tal exploração.
Passei a prestar mais atenção em quem mora nas ruas por onde trafego. Continuei sem dar dinheiro a eles, mas agora eu percebo a existência dessas paisagens cotidianas.


Rodrigo Leal, 15 anos, 
aluno do 2º ano do Ensino Médio em Salvador



As praias do Brasil



            As praias são deliciosas, principalmente no verão, mas o lixo nelas é que torna o nosso banho desagradável. Não pode ser assim. As praias e os mares têm que ser preservados. Afinal, há vida neles. Há corais, peixes, algas, tartarugas e outros animais.
            Tem gente que vive dizendo para não jogarmos lixo no chão, mas elas, mas eles mesmos jogam. Como nós queremos mudar o mundo sem mudar a nós mesmos?
                Nossas praias são tão brasileiras, são tão Brasil! Temos que conservá-las.

Luiza Raposo Paiva, 5º ano, 9 anos 
Salvador, Bahia, Brasil 
                                            
 Brasil, terra das matas


 Hoje, vim falar um pouco sobre o Brasil, minha casa, meu lar. O Brasil tem pontos positivos e negativos. Vamos começar falando dos pontos negativos, que não são poucos. Meu lar vai se modificando à medida que o homem necessita de mais espaço. E vai-se desmatando cada vez mais, e mais. Chegará um ponto que não terá a diversidade que temos hoje.
As pessoas usam e abusam do seu “poder” de destruir a beleza do Brasil, não se tocando que um dia, isso  fará mal a elas mesmas.  Então terá raiva de sua astúcia, raiva de sua capacidade que lhe subiu à cabeça, e terá raiva de si mesmo por ter destruído uma coisa tão bela que a natureza construiu. E além do desmatamento, diminui a diversidade existente de animais.
No Brasil encontramos diversos tipos de drogas, que como o nome diz, não fazem bem à saúde. Existem a cocaína, óxi, maconha, crack e outros que são proibidos, mas muitas pessoas não obedecem a essa regra.
Chegando à parte boa, os pontos positivos: Assim como os negativos, temos muitos os positivos. O Brasil tem uma diversidade ampla de plantas e animais. A maioria é encontrada na região Norte, nos estados da Amazonas e Pará. O Brasil é considerado o país que tem a maior parte de plantas e matas existentes na Terra.
O Brasil não tem só pontos negativos, como tem os positivos. Como diz o ditado “Ninguém é perfeito“, então, como podemos ver, nenhum país, estado ou região é perfeito. Todos têm os seus defeitos. E o Brasil também. Mas, apesar de suas minorias, podemos afirmar com orgulho que o Brasil, terra das matas, é de todos nós.
Brenda Araújo Sena Campos, 11  anos, 
estudante do 6º ano em Salvador, Bahia, Brasil.
 

 
Brasil

Brasil, lindos mares, lindas cores,
Pessoas bem legais.

E tem mais, tem cultura envolvente,
eu e você encantados  totalmente.

Grande pátria, muito importante.
Se algo acontece, resolve em um
instante.

Oh! Meu Brasil!




Roama Santos
10 anos, aluna do 5º ano em Salvador, Bahia - Brasil

Minha casa

Minha casa fica numa rua ampla e sem saída que é muito calma, nela me divirto e me sinto bem. A área externa da frente onde é também a garagem, é muito ventilada e tem um espaço muito bom para brincar. Já na varanda do fundo, com a minha avó muitas vezes fico observando o pôr-do-sol.
Ela é aconchegante, espaçosa, grande, bonita e confortável. Eu adoro viver nela. Eu moro com minha mãe e minha avó. Boas horas do dia passo nela, a parte que eu mais gosto, é o quarto onde o sol me acorda todos os dias adentrando pela janela, tem também a minha deliciosa caminha onde eu posso deitar para descansar, dormir e ter bons sonhos.
Para mim, a minha casa é o lugar onde eu me sinto à vontade, é onde tudo de bom acontece, é onde eu vivo e sempre quero viver.

Daniele Sandy Souza Lyrio
11 anos, estudante do 5º ano em Salvador, Bahia, Brasil.

(Mais) Um brasileiro em Évora


          Meu nome é Gabriel e, como diz no título, sou brasileiro. Não, eu não vivo em Évora. Moro no Rio de Janeiro, cidade onde nasci.
           Eu morei em Évora em 2008, quando tinha dez anos de idade, com a minha mãe, que foi fazer parte do doutorado na Universidade de Évora. Tudo era muito diferente para mim. Principalmente a escola. Eu nunca tinha estudado em escola pública (já que no Brasil são raras as boas escolas públicas) e nem frequentado uma escola tão grande e com tantos alunos (no Brasil eu estudava em uma escola montessoriana e na minha turma tinha no máximo  20 alunos). Quando cheguei à escola, não conhecia ninguém. Nem os alunos nem os professores. Mas consegui me enturmar rápido. Até hoje falo com alguns dos meus amigos da escola. Só não consegui acompanhar a matéria tão rápido como me enturmei, já que cheguei em janeiro, no meio do período letivo europeu (no Brasil as aulas começam em fevereiro, e não em setembro.). Nos primeiros testes não fui muito bem (principalmente em matemática). Isso me deixou meio assustado, já que no Brasil eu sempre tirava notas boas. Mas depois, com a ajuda dos meus amigos, de alguns professores e da minha mãe consegui acompanhar a matéria.
              Quando voltei para o Brasil, em julho de 2008, fiz prova para o Colégio de Aplicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Cap-UERJ),uma das boas escolas públicas do Rio de Janeiro,onde estudo até hoje.

Gabriel Bergamaschi
A minha aldeia


      Olá, eu sou o Manuel. Eu e a minha família somos alemães. Viemos para Portugal em 2006 para morar numa aldeia perto de Évora que se chama Valverde.
      A minha casa fica situada numa rua ao pé de uma mata constituída, principalmente, de eucaliptos.
        Na minha aldeia há uma escola primária que fica ao pé de um pequeno parque. No verão, nesse mesmo parque realiza-se uma festa que dura três dias e eu e a minha famílai vamos lá sempre que podemos.
      Pela aldeia passa uma ribeira, mas ela está poluída por causa da Mitra. A Mitra é um dos pólos da Universidade de Évora, onde funciona o Hospital Veterinário. Se seguirmos a ribeira encontramos um pinhal muito grande e muito bonito. Às vezes, quando vou passear com o meu pai, com a minha mãe e com o meu irmão, vamos a esse pinhal.
       Eu gosto muito da minha pequena aldeia!


                 Manuel Hertle
                 5º G

Uma voz de cá que veio de lá


       O meu nome é Arthur. Não, a minha língua materna não é o Inglês: é o Português. Sou brasileiro. Vivo em Évora. E quero contar-vos um pouco da minha experiência de integração nesta escola.
         Entrei numa escola nova este ano. Apenas conhecia uma pessoa, quando aqui cheguei. Era só um amigo que aqui tinha, mas para mim era mais do que suficiente. O início do ano letivo foi o tempo do novo: nova escola, novos professores, novos colegas, novos amigos. Gostei de todos os professores, mesmo todos! Só que, apesar de gostar deles, isso não significava que eu os conhecesse. Tudo foi novidade.
        Quando comecei a primeira época de testes, no primeiro período letivo, já podia dizer que conhecia a escola, já tinha feito muitos amigos e conhecia mais ou menos os professores. Estava já tão bem integrado na turma que até já tinha uma alcunha – que eu considero amistosa e não ofensiva, como alguns poderão pensar – pois chamavam-me de “Zuca”. Eu gosto, porque nunca tive uma alcunha. É como o “Portuga”, do Meu Pé de Laranja Lima, de José Mauro de Vasconcelos: diz-se com voz de amigo.
          Veio, então, um período de alguma deceção. Foi quando recebi os primeiros testes. Acreditem que a minha zanga comigo mesmo foi grande. Como é que eu iria dizer ao meu pai, brasileiro da velha guarda (como ele costuma dizer) que quando era da minha idade tinha as melhores notas da turma (e ainda por cima trabalhava arduamente, devido às suas origens do campo), que dos seis testes que fizera apenas três tinham sido classificados com Satisfaz Bastante?
          Arranjei coragem, mostrei tudo aos meus pais, que ficaram um pouco tristes. Claro que a minha mãe foi um pouco mais compreensiva, como sempre. Com o meu pai fiz um acordo, que espero cumprir.
          Agora tenho estudado como nunca estudei antes. A minha mãe costuma dizer que até parece que eu como os livros! Quero mesmo ter boas notas para poder orgulhosamente mostrá-las à minha família na minha próxima viagem ao meu país: o Brasil.

Arthur B. Kafler
9º B
                  Eu e o meu irmão, dois chilenos em Évora 


Como este é um texto do meu irmão, eu não vou continuar a perder tempo falando sobre mim, mas sim do meu irmão Gabriel, que anda também nesta escola. Ele anda no sétimo ano, na turma A, tem doze anos, tem muitos cabelos pretos e acho que tem uma admiradora.
            Ele é um bocado chato comigo mas é engraçado. Ele sempre andava a mover os cabelos para a esquerda, mas como agora ele cortou os cabelos na parte de frente já não faz isso.
            A coisa que ele tem e que não deveria ter é um peluche chamado António Ezequiel, e é uma zebra.
            Na minha casa ele apanha-me de surpresa, agitando o meu corpo como se eu estivesse numa montanha russa e eu não gosto de montanhas russas.
            Na minha casa é mesmo assim: o meu irmão chateia-me, eu também chateio-o e a minha mãe para-nos.
Eu acho que ele é simpático, e eu também sou simpático com ele.

Víctor Vidal 
5ºG